11 de abril de 2010

O que te move?

Fico pensando no que nos move hoje em dia, naquilo que nos dá motivação. Uma vez me perguntaram "qual era o meu objetivo na vida". Fiquei assim... meio sem saber o que falar. Nunca tinha pensado nisso. Sempre quis me formar, trabalhar, ter uma família, servir a Deus... mas objetivo de vida foi uma coisa meio forte.

Daí comecei a notar nas coisas que me moviam na maior parte do tempo. Comprar um celular mais bacana, um computador mais moderno, a roupa da estação, o carro novo, fazer aquela viagem. Esses eram os objetivos imediatos, que me faziam trabalhar para ganhar e juntar dinheiro. Pequenas metas de curto ou médio prazo.

E quando falo de mim aqui, estou certa que a maioria absoluta das pessoas também pensa assim. Colocar metas e alcançá-las. Alguns com maior destreza de planejamento e objetividade, outros com muito menos (meu caso).

E aí quando acontece o que aconteceu semana passada no Rio de Janeiro, pessoas perdendo casas, parentes, vizinhos e todas as suas referências de vida, eu parei e pensei, pensei muito.
"Qual é o meu objetivo na vida?". Não no plano objetivo, tipo, "quero ser presidente da República", mas de um modo subjetivo. "Não quero ter", pensei. "Quero ser". Ser mais cristã, o que significa ser mais humana, mais amorosa, mais mansa. Ter mais compaixão. Chorar com o que chora, estender a mão ao que precisa.

E aí vem, inevitavelmente, à mente: Mateus 6:33.

Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas [necessidades materiais] lhes serão acrescentadas.

Friso que não estou pregando uma vida de penúria. É absolutamente legítimo trabalhar para ter coisas, fazer coisas, conquistar coisas. Contudo não devemos nunca perder o foco de que coisas são coisas. Pessoas são pessoas.

Pense nisso. Seja mais como Cristo.

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