31 de julho de 2010

True blood

Bem, continuando o post anterior.... "True Blood". Isso te diz alguma coisa?

Se sim, vc tá por dentro do metiê, tem bom gosto e sabe separar o joio do trigo. Rsss...

Se não, vamos aprender agorinha!

Primeiro de tudo, sinopse e ficha corrida. Depois conversamos mais.

Numa nova era de evolução científica, os vampiros conseguiram deixar de ser monstros lendários para se tornarem cidadãos comuns. Essa mudança, que aconteceu do dia para a noite, deve-se a cientistas japoneses, que inventaram um sangue sintético, fazendo com que os humanos deixassem de ser o seu prato principal. Já os humanos ainda não se sentem totalmente seguros convivendo lado a lado com toda a legião de vampiros que está saindo de seus caixões. Ao redor do mundo, cada um escolheu o seu lado a favor ou contra essa revolução, mas numa pequena cidade de Lousiana, as pessoas ainda estão formando a sua opinião. Sookie, garçonete de um pequena lanchonete, tem o poder de ouvir os pensamentos das pessoas e não vê problemas na integração desses novos membros à sociedade, principalmente quando se trata de Bill Compton, um atraente vampiro de 173 anos de idade. Mas ela pode vir a mudar de opinião, à medida que desvenda os mistérios que envolvem a chegada de Bill em sua cidade. Mergulhe no mundo obscuro desse novo drama envolvente, que saiu das mãos do mesmo criador de "Six Feet Under", Alan Ball. Uma nova sociedade está se formando e cada um precisa escolher a sua posição dentro dela.

Os principais personagens são introduzidos na primeira temporada entre várias tramas entrelaçadas que cercam o bar de Bon Temps Merlotte's. A protagonista do programa é Sookie Stackhouse (Anna Paquin), uma telepata e garçonete Merlotte's que salva o primeiro cliente vampiro do bar Merlotte's, Bill Compton, quando um casal tenta drenar seu sangue (conhecido no programa como uma droga humana: "V" ou "V Juice"), criando-se assim uma relação que se desenvolve e leva o telespectador a aprender progressivamente sobre a cultura e limitações fisiologicas dos vampiros. Também somos apresentados a Sam Merlotte, o dono do bar que tem a habilidade de se tranformar em animais que é apaixonado por Sookie, e Tara Thornton, melhor amiga desta que nutre uma paixão platônica por seu irmão Jason Stackhouse, mas envolve-se, por fim, em um caso amoroso com Sam Merlotte. Também destaque-se Eric Nothman, vampiro xerife da Area 5 que deseja ter Sookie, optando até por diversos meios para adquirir próximidade com esta.


Bem, este é o quadro geral da trama. Cara, e que trama. O roteiro é simplesmente... adulto. E aqui já vai a primeira  dica: True Blood não é pra faixa branca. Bem, o que quero dizer é que o foco central da história é a palavra tolerância. Mente aberta, galera.

Explico: True Blood é acima de tudo uma ótima história que mistura o gênero policial, toques de humor ácido e principalmente uma madura crítica sobre a intolerância. Os vampiros estão entre nós, e querem direitos iguais aos dos humanos. Tem até a American Vampire League, pleiteando lugar no Congresso.

Para tanto, o roteiro explora todo e qualquer tipo de 'calcanhar de aquiles social': preconceito racial, homossexualismo, vício e tráfico de drogas, sexo, políticas públicas, corrupção, religião. E isso é feito de uma forma tão livre e explícita que, na boa, assusta. Fiquei boladíssima nos primeiros episódios. Nunca tinha visto um programa de TV tão descomprometido e politicamente incorreto.

"(...) A série é muito bem feita artisticamente, com uma bela direção de arte e edição. Mas principalmente se destaca a forma como ela aborda os temas do preconceito, intolerância, homossexualidade e religião. Os vampiros na série são metáforas para os negros, os gays, os excluídos de qualquer forma de convívo social. E isso se dá de uma maneira tão orgância que você começa assistindo a um thriller e termina sem sentir pensando sobre a sociedade em que vive." [Blog do Bruno Camurati]

A propósito, a abertura do programa é uma loucura, um show a parte! Você vai definir se será fã ou não se gostar ou não do vídeo de abertura, que inclusive ganhou vários prêmios e foi indicado ao Emmy em 2009. Clique aqui para ver.

É muita coisa pra falar. As atuações são excelentes, com destaque para a Anna Paquin (a Vampira do X-Men), que ganhou Globo de Ouro de melhor atriz dramática ano passado. O par romântico dela (in-clu-si-ve na vida real), Stephen Moyer, é ótimo ator e dá (raras e impagáveis) pinceladas de humor. Nossa, é todo mundo muito bom. O irmão de Sookie, Janson (Ryan Kwanten), é hilário e passa a maior parte da 1ª temporada sem roupa. O excelente coajuvante Lafayette Reynolds (Nelsan Ellis), um gay assumido, é protagonista de cenas pesadas e difíceis. Tem também o terceiro vértice de um triângulo amoroso que ainda não se formou, o vampiro Eric Northman (Alexander Skarsgård), que além de lindoooo, é.... lindoooo! Hahahaha. Ai gente, quando ele fala em romeno, eu morro :)

Agora, uma coisa em True Blood virou marca e é inegociável: cenas de nudez e sexo. Gente, o negócio é too much. Tipo, tirem as crianças da sala total. Tanto que é exibido super tarde. No início fiquei impressionada com a química do casal Bill e Sookie, tão realístico. Depois descobri que eles são noivos na vida real, namoram desde o piloto. Tá explicado! Mané beijo técnico!

Então é isso, galera. Estamos na metade da 3ª temporada. Aqui no Brasil passa na Fox, não sei o horário. Eu acompanho online, aquela neura de ficar até 2h da manhã baixando o episódio, caçando legenda em inglês (porque em português demora séculos, tendo em vista o sotaque sulista enroladésimo dos personagens).

Ahhhhh, e como designer, não tem como não vibrar com a criatividade dos posters!!! Humor negro total :) Adoro.










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