Profissionais do sono

3 de novembro de 2010

Profissionais do sono

Foi no fatídico Reveillon de 2007/2008 que tomei essa decisão.

Nunca fui uma grande dorminhoca. Sempre fui de acordar em horários razoáveis, tipo, no máximo, estourando, após uma noitada, às 10 da manhã. Isso é coisa da natureza, uns dormem mais, outros menos. Talvez por tal motivo tivesse a mesma cama e colchão desde, sei lá, 11 anos de idade (!).

Cama de solteiro rosa e colchão pra lá de vencido: esse era o padrão.

Tenho algumas amigas que são grandes profissionais do sono, isto é, realmente têm prazer em dormir por muitas horas e investem no conforto do momento. Isso nunca tinha passado pela minha cabeça até aquela noite.

Sabe aquelas festas que você paga R$ 400? Então, lá fomos nós. Hotel Intercontinental - São Conrado, tinha tudo pra ser uma grande noite, mas aprendemos a lição. Há coisas que você simplesmente não deve cogitar. Esse tipo de festa é uma delas.

Chegamos às 23:30 e nos deparamos com algo do tipo "Copacabana é aqui". Ai gente, na boa, eu já era velha naquela época e não sabia, hehe... Mas, sério, a questão toda pode ser trocada em miúdos: whisky liberado dá sempre M. Eu não bebo whisky, mas acho que a maioria das pessoas resolveu começar a beber naquela noite.

Enfim, fui embora às 3:30. Peguei um taxi até a residência mais próxima: Botafogo - casa da Profissional do Sono Mor.

E, após tanto stress, tive a melhor noite de sono da minha vida! 1° de janeito de 2008 começou com essa resolução: "vou comprar uma cama nova". Não só a cama, mas tudo o que envolve a experiência: travesseiros, lençóis e ar condicionado.

Cama de solteiro nunca mais. Acabei chegando à conclusão de que as camas de casal foram feitas para os solteiros se espalharem e dormirem melhor.

Hoje me considero uma dorminhoca nível básico. Tenho meu colchão de molas, mas não é nada demais. Tipo, elas - as profiças - têm colchões diferenciados e travesseiros da NASA. Além disso, ligam o ar condicionado no inverno e adoram um edredom. Eu sou mais povão, não tenho blackout na cortina e gosto do fresquinho da noite.

Enfim, vivendo e aprendendo. Um dia eu chego lá! Ah, e sugiro que você faça  mesmo!