23 de julho de 2009

Noite de terror

Estou cansada. Cansada não, esgotada!

A noite passada poderia ser classificada como uma 'noite de terror'.

Desde meu último post (sábado eu acho), entrei num processo de crise alérgica em razão das arrumações para a minha mudança. Caixas, coisas guardadas, poeira. Uma receita infalível para o alérgico ficar mal.

Como já estou acostumada com essas reações, tratei logo de começar com a medicação. Meu querido Allegra 120 mg, de 8 em 8 horas.

Não adiantou nada. Continuei com os sintomas da bronquite, aquela tosse seca de cachorro, e comecei a evoluir para um quadro de entupimento total. Meu medo é sempre o mesmo: a asma.

Cara, passei a noite em claro sem conseguir respirar. Pensei “será que se eu dormir assim mesmo, corro o risco de não acordar?”. Claro que não, afinal o instinto de sobrevivência falaria mais alto. “Respiraria pela boca”, pensei.

Tentei, em vão, dormir. Passaram-se as horas. Às 4:00 da manhã tomei uma decisão: procuraria meus remédios mais potentes dentro daquelas caixas. Dito e feito. Lá estava ele: o Allegra D. “Graças a Deus!”, comemorei. “Meu querido Allegra D! D de desentupimento!”. Era disso que eu precisava.

Como boa hipocondríaca que sou, não ia deixar barato. “A situação é emergencial, preciso de uma dose de choque”. Tomei dois comprimidos de uma só vez. “Quero ver esse nariz ficar entupido agora!”, desafiei.

Deitei feliz aguardando o efeito...

...

...

5:00 da manhã e nada. Ainda entupida. “Pôtaqueuparêu”, pensei ultrajada. “Isso que dá tomar remédio fora do prazo de validade” (podem falar, eu sou absurda mesmo, eu sei).

Como se as coisas não pudessem piorar ainda mais, de repente levei um susto. Aquele zumbido insuportável que atrapalha o sono de qualquer um. ZZZZZZZZ....

“Ah!! Mas era só o que me faltava!” Um mosquito maldito para me atazanar a paciência. Levantei, acendi a luz e vasculhei, voraz, pronta para esmagá-lo sem piedade.

“Sr. Mosquitinho querido, vem com a mamãe”, falei, já beirando a loucura.

Pedi a Deus uma colher de chá, pois já estava um bagaço. Ele me atendeu e o mosquito sumiu. “Deus é bom”, avaliei.

5:30 da manhã. Os passarinhos já começavam a cantar quando o nariz desentupiu de repente! “Ahaa! Eu sabia que não ia ficar na mão!”. Dormi satisfeita até as 7:30, acordando antes do despertador. Meu corpo absolutamente dolorido, suando em bicas (não era febre, mas o efeito do antialérgico), mas feliz.

E vc deve estar pensando, “por que essa doida gastou tanto tempo pra contar essa história inútil?”

Também não sei. Na verdade passei boa parte da noite construindo esse post na memória. No final das contas, pelo menos, a noite de terror teve um final feliz! Ninguém morreu asfixiado ou coisa parecida, o mosquito sobreviveu, e o remédio vencido há 1 ano fez efeito.

Claro que rolou uma intoxicação básica e tive problemas em razão da superdosagem pela manhã, mas isso já é outra história...

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